domingo, 13 de dezembro de 2009

Aventura - O Refúgio do Alma Negra - Parte 1

Iohoo!

Inaugurando o "Ateliê do Balta", ai vai a primeira de cinco partes da aventura. Nessa etapa não foi necessário o uso de regras, mas futuramente quando o tema for abordado, utilizarei o 3d&t.

Muito sal, ossos e combates para vocês,

- Baltazar, Mago e escritor nas horas vagas.

Introdução:

“Enquanto existir mar, enquanto a água salgada for senhora e enquanto o céu e o oceano forem um só no horizonte, eles estarão lá. De pé, com adagas prontas, corações famintos e mentes sedentas. Espíritos comprometidos com a eterna busca por dinheiro, fama e mortes. Estes são definidos por uma só palavra. Piratas. Mas sempre existem os piores dentre os piores, e por culpa do destino, cruzei seu caminho. Ainda sinto sua lamina penetrando em meus olhos e acordo durante a noite. Hoje sou cego, mas ele, para muitos não passa de uma história. Maldito seja, Alma Negra.”

- Alertos, o sem olhos.


O Refugio do Alma Negra é uma aventura para iniciantes feitos com 5 ou 6 pontos de personagem, que pode ser incluída em qualquer cenário ou região costeira. Por familiaridade, ambientarei os fatos citados no mundo de Tormenta, precisamente na região nordeste do reino de Bielefeld, área mais conhecida como o Mar do Dragão Rei.

Sinopse:

Essa aventura envolve a exploração das ruínas de um outrora famoso navio pirata, que revelará uma rede de túneis e uma verdade obscura nas profundezas da terra. Os personagens enfrentarão uma tripulação de mortos vivos, presos neste mundo sem nunca encontrar o descanso eterno, sob ordens de um inescrupuloso capitão pirata que negou a própria vida pela cobiça e ganância ao próprio tesouro.

Histórico:

Draukkur era seu nome verdadeiro, mas conhecido por poucos.
Tanto sua tripulação quanto seus inimigos o conheciam apenas pela alcunha, Alma Negra, conquistada com pólvora e sangue. O titulo veio de seu primeiro capitão, que foi morto em um motim e crucificado no mastro. Sua crueldade e pericia com as armas cuidaram do resto, e então, em pouco tempo, o anão de pele morena era capitão. Dizem que uma centena de navios mercantes caíram perante sua tripulação, em anos, houve apenas um sobrevivente. O Trovão era o barco mais rápido da costa leste, e adentrava em águas que o marujo mais experiente temeria. Mas os anos passaram, e mesmo para os padrões da raça anã, a idade podia ser sentida. Seu tesouro poderia pertencer a um rei, e já havia mais de um esconderijo devido a quantidade; e então, o malévolo anão colocou seu plano em pratica. Reuniu toda sua fortuna, e antes que um fim igual a seu antecessor chegasse deu o golpe final.

O Trovão foi encalhado em rochedos que só ele conhecia, e durante um sono imposto a toda a tripulação, foi executado um ritual. Em uma de suas pilhagens, o Capitão encontrou um artefato impregnado com magia negra. A partir daí, toda e qualquer pessoa capturada, que possuísse algum conhecimento mágico seria apresentada a ele. Dezenas de pessoas foram interrogadas sem sucesso, mas uma, um mago de Wynlla, soube dar a resposta, para depois ser decapitado. O medalhão possuía o poder de transformar qualquer ser em morto-vivo, deixando-o sob as ordens do possuidor da jóia.

Sacrifícios foram feitos no convés ao som das ondas, e nem mesmo ele foi poupado. A idade não mais o incomodaria, o capitão seria eterno. A jóia esvaiu todo seu poder e abordo do Trovão, todos foram obrigados a aceitar a vida na morte. Depois disso, com o controle total sobre as mentes dos marujos, tiveram inícios as obras. O fundo do casco foi rompido, e as picaretas trabalharam na pedra. Anos foram gastos, mas não havia necessidade de pausas, a comida e o descanso eram desnecessários, tinham todo tempo do mundo.

Um grande complexo de túneis foi escavado rocha à dentro, e o grande tesouro do capitão escondido em sua câmara mais profunda. Uma missão a todos foi dada, guardar a caverna e suas riquezas para todo o sempre, sob as ordens de seu capitão.

Mas em sua ânsia por poder, o Capitão Alma Negra foi cegado e nas palavras do homem que tiraria a vida momentos depois, acreditou com convicção. O mago, não havia contado toda a verdade. A jóia que garantia o controle sobre as criaturas necessitava de sangue fresco para ter suas energias saciadas. No inicio, alguns aventureiros atraídos pelos tesouros dos supostos náufragos caíram vitimas, e o preço foi pago; mas com o tempo, o esconderijo se tornaria uma história e a história uma lenda.

Com a falta de vitimas, o controle do Pirata Alma Negra sobre seus tripulantes fora reduzido e como punição, seus corpos começaram a se desmanchar; nunca morreriam, mas enfrentariam a eternidade de forma débil e fraca.

Situação Atual:

O refugio é habitado por cerca de 70 mortos-vivos, mas a grande maioria se rebelou contra os poderes agora fracos da jóia, e não obedecem mais ordens. Agora vagando de um lugar a outro em busca do descanso que nunca chegará. Apenas os servos mais devotados ainda estão sob controle, permanecendo firmes em seus postos prontos para capturar qualquer ser vivo que se aproxime. Muitos esqueletos e zumbis não incomodarão qualquer pessoa que não os incomode, possibilitando passagem sem maiores incidentes por muitos pontos do túnel.


Continua...

Um comentário:

  1. Grande Júlio.... gostei muito da aventura e espero que ela continue com o mesmo ritmo....

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